OBESIDADE – Por que precisamos ficar atentos?

A obesidade é o resultado de um balanço energético positivo, ou seja, maior consumo de alimentos e menor gasto dessa energia. Contudo, esse fator é muito mais complexo do que imaginamos, pois nesse processo em que a composição corporal é representada, em maior parte por gordura, o problema se torna muito maior! Mas por que isso? Bom, vamos lá…

EXPLICANDO A CAUSA DA INFLAMAÇÃO

Comer uma quantidade maior do que gastamos, faz com que nosso corpo armazene essa energia na forma de gordura. Quando a célula de gordura começa a aumentar (acumular mais gordura dentro dela), os vasos sanguíneos ao redor, que estão fornecendo os nutrientes e oxigênio, começam a ficar sem espaço, basicamente são exprimidos dificultando a chegada desses elementos às células ocasionando a morte delas (vamos combinar que sem oxigênio
fica difícil sobreviver, né?). Com a morte celular, um exército de células da imunidade é recrutado devido a liberação de substâncias inflamatórias de maneira excessiva que, de forma contínua, irá propagar uma inflamação “generalizada” e conforme vamos ganhando peso, esse processo vai se estendendo, tornando-se CRÔNICO! É o que chamamos de inflamação crônica de baixo grau. Paralelo a isso, alimentos ultraprocessados ricos em corantes, gorduras trans e saturadas, fosfatos, etc. geram mais inflamação, pois o nosso organismo entende que este
produto químico pode ser perigoso e por tanto tenta se livrar deve através da liberação de substâncias inflamatórias, para avisar a nossa imunidade e então, poder combatê-los e retirá-los do nosso corpo.

QUAL A CONSEQUÊNCIA DISSO TUDO?

Você pode estar se perguntando: e o que toda essa inflamação pode gerar? Então, processos inflamatórios agudos (pontuais, digamos assim) são bons, pois avisam ao nosso corpo que em algum lugar algo está errado! Porém quando isso se torna crônico, passamos a ter um problemão, já que irão alterar o metabolismo do açúcar e da gordura no sangue, aumentando risco de diabetes tipo 2, aumentando risco de doenças cardiovasculares devido diminuição na
produção de substâncias que causam dilatação dos vasos, gerando hipertensão e também maior depósito de gordura na parede das artérias; aumentando a produção de substâncias oxidantes pelo nosso corpo; “estocando” gordura no fígado (tanto em consequência de um aumento de açúcar no sangue, quanto na quantidade de gordura que está circulando), entre outras questões.

Outro ponto importante é que nossas células de gordura produzem uma substância anti-inflamatória, porém pela quantidade excessiva de gordura, ocorre uma “resistência” na produção dessa substância e não só dela, mas também do hormônio da saciedade que também é produzido pelo tecido adiposo. Resumindo, a obesidade gera inúmeras doenças como diabetes, hipertensão, colesterol alto, câncer, etc.

O IMPACTO DA OBESIDADE

Assim, outro fator impactante é que uma vez que a produção de hormônios é diretamente proporcional a quantidade de gordura, pessoas com obesidade apresentam uma maior produção do hormônio estradiol devido excesso de peso e isso está correlacionado com o aumento da expressão de aromatase (enzima que contribui para a biossíntese de estrogênio), aumentando o risco para câncer de mama, principalmente em mulheres pós menopausa. Além do câncer de mama, a obesidade também é responsável por aumentar o risco de outros tipos de câncer como esôfago, intestino, fígado, próstata, etc. (veja mais sobre isso na área Oncologia)

Você deve estar se perguntando: “e agora?”. Te garanto que a nutrição consegue diminuir esses riscos, aumentar a sua saúde e qualidade de vida. Aqui novos posts virão para conversamos sobre NUTRIÇÃO e muito mais. E lá no meu Instagram @larissamonteironutri tem alguns posts sobre alimentação saudável e outros temas! Me segue lá!
Cuide-se! Beijos da Sua Nutri,
Larissa Monteiro

Referências:
Seiler, A., Chen, M.A., Brown, R.L. et al. Obesity, Dietary Factors, Nutrition, and Breast Cancer Risk. Curr Breast Cancer Rep 10, 14–27 (2018)

Ellulu MS, Patimah I, Khaza'ai H, Rahmat A, Abed Y. Obesity and inflammation: the linking mechanism and the complications. Arch Med Sci. 2017;13(4):851-863.doi:10.5114/aoms.2016.58928

Wolin KY, Carson K, Colditz GA. Obesity and cancer. Oncologist. 2010;15(6):556-565.doi:10.1634/theoncologist.2009-0285


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