
A resposta à essa pergunta já foi alterada diversas vezes, isso porque quando a margarina foi produzida pela indústria, o seu foco principal era obter um produto com sabor, textura e cremosidade semelhante a manteiga, mas que não prejudicasse o coração. Mais do que isso, esse alimento ultraprocessado, começou a adquirir outros nutrientes, como ômega 3 e fitoesterois (nutriente que ajuda a diminuir o colesterol) que a própria indústria adicionou para
benefício dos consumidores. Na época, ela ERA a melhor opção. Contudo, mais tarde, provou- se que a gordura trans era tão prejudicial (ou mais) que a gordura saturada da manteiga.
Atualmente, novos processos de industrialização vêm sendo estudados para melhorar a forma como a margarina é feita, retirando a gordura hidrogenada e modificando o processo. Em contrapartida, a manteiga, que é feita a base de leite, com poucos ingredientes e praticamente natural, já que passa por poucos processos na indústria para a sua fabricação,
sendo considerado um produto minimamente processado, começou a ganhar “fama de vilão” devido sua alta concentração de gordura saturada que, em excesso (e apenas em excesso, salvo em situações específicas de saúde, como na hipercolesterolemia familiar), aumenta o risco de doenças cardiovasculares.
O que quero dizer com isso é que: mesmo que a manteiga seja rica em gordura saturada, ela não é considerada um produto ultraprocessado, não contém (ou não deve conter) aditivos químicos e ainda, contém nutrientes naturais como vitamina A, E, D e K, bem como o butirato, substância importante para a nossa saúde intestinal. Já a margarina, mesmo que sua
formulação esteja melhor agora, ainda são necessários mais estudos sobre o impacto (positivo ou negativo) desses novos processos, além disso, continua sendo um produto ultraprocessado.
Então, dentre as duas opções, o consumo da manteiga de forma equilibrada e dentro de uma alimentação saudável, ainda é a melhor opção. Mas também temos outras opções de gorduras vegetais mais saudáveis! É o caso do azeite extra-virgem, que é a base das gorduras na dieta mediterrânea e tem propriedades nutricionais importantes como ômega 9, ácido oleico,
antioxidantes e vitamina E, que diminuem risco cardiovascular e, inclusive, foi considerado primeiro lugar em um índice de qualidade nutricional, pela sua composição em um estudo recente.
É importante destacar que cada caso deve ser estudado e avaliado de forma individualizada e, para isso, sempre realizo minhas consultas nutricionais com questionários, avaliação da composição corporal e de exames laboratoriais, histórico familiar, análise qualitativa e quantitativa da ingesta alimentar, preferencias alimentares, etc.
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Cuide-se! Beijos da Nutri,
Larissa Monteiro
Referências:
Countdown to 2023: WHO report on global trans-fat elimination 2020. Geneva: World Health Organization; 2020. Licence: CC BY-NC-SA 3.0 IGO.
Thaís Jordânia Silva, Daniel Barrera-Arellano, Ana Paula Badan Ribeiro, Margarines: Historical approach, technological aspects, nutritional profile, and global trends, Food Research International, Volume 147, 2021, 110486, ISSN 0963-9969,
https://doi.org/10.1016/j.foodres.2021.110486.
García-González A, Quintero-Flórez A, Ruiz-Méndez MV, Perona JS. Virgin Olive Oil Ranks First in a New Nutritional Quality Score Due to Its Compositional Profile. Nutrients. 2023 Apr 28;15(9):2127. doi: 10.3390/nu15092127.
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