O Índice de Massa Corporal (IMC), é um índice que nós nutricionistas conseguimos classificar, através de medidas (peso e altura), se a pessoa está abaixo do peso, dentro de um peso adequado, em sobrepeso ou com obesidade. Neste caso, por utilizar o peso como um todo, não há diferenciação nesta medida, ou seja, não se sabe exatamente as quantidades de massa muscular, gordura, água, osso, etc., sabe-se apenas que todo o nosso corpo está refletindo em um peso “X”. Portanto, se tivermos uma pessoa com 70Kg com uma quantidade maior de massa muscular comparado a gordura ou uma pessoa com os mesmos 70Kg, porém com uma quantidade maior de gordura comparado a massa muscular, elas terão a mesma classificação de IMC, porém com composição corporal totalmente diferente. Considerando que ter uma quantidade de gordura corporal maior é mais prejudicial à saúde, a primeira pessoa do exemplo, está mais saudável.
ENTÃO, DEVEMOS OU NÃO USAR O IMC?
Depende do seu objetivo. O IMC é um bom parâmetro para entendermos, de forma mais subjetiva, se estamos dentro de um peso adequado ou acima do peso em relação a nossa altura. Durante a pandemia, em 2020 e 2021, foi um bom método de avaliação, por ser fácil, já que as medidas utilizadas são peso e altura e a maioria das pessoas tem balança em casa ou podiam se pesar nas farmácias, por exemplo. Outro ponto importante sobre a utilização do
IMC como medida é por ele ser um parâmetro de classificação para a liberação da cirurgia bariátrica.
QUAIS OUTRAS FORMAS DE AVALIAR DISTRIBUIÇÃO CORPORAL
Se quisermos avaliar a composição e distribuição corporal como um todo, verificando as quantidades de massa muscular, gordura e água, o ideal seria utilizar outros parâmetros como bioimpedância, antropometria (fita métrica e adipômetro), ultrassom, ressonância magnética, DEXA (absorciometria de raios X de dupla energia) e tomografia computadorizada. Cada método apresenta suas vantagens e desvantagens e cabe ao nutricionista verificar qual o
melhor método dentro do seu objetivo. Ainda assim, de maneira geral, quando o objetivo é acompanhamento em consultório para emagrecimento ou ganho de massa muscular, conseguimos ter ótimos dados com o IMC
associado a bioimpedância, adipômetro e/ou ultrassom portátil. Portanto, o IMC, quando utilizado associado a outros parâmetros de distribuição corporal, pode ser utilizado por ser um parâmetro simples, rápido, fácil e não invasivo, contudo, não deve ser utilizado como único método de avaliação, já que não avalia a composição corporal.
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Cuide-se! Um beijo da Nutri, Larissa Monteiro
Referência:
Kuriyan R. Body composition techniques. Indian J Med Res. 2018 Nov;148(5):648-658. doi:10.4103/ijmr.IJMR_1777_18. PMID: 30666990; PMCID: PMC6366261
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